O Novembro Azul se trata de uma campanha global que tem como objetivo conscientizar os homens sobre a importância de cuidar da saúde, com foco na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. A campanha também amplia o debate sobre outros aspectos da saúde masculina, como doenças cardiovasculares, saúde mental e hábitos de vida saudável.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens com risco habitual de câncer de próstata iniciem a realização de exames anuais a partir dos 50 anos. Para aqueles que têm histórico familiar da doença ou para a população negra, que apresenta maior incidência, a recomendação é que os exames iniciem aos 45 anos. “A frequência anual é essencial para garantir que as alterações sejam detectadas precocemente. Além da idade, etnia e histórico familiar, hábitos de vida, como dieta rica em gordura saturada, obesidade, sedentarismo e estresse, podem ser um fator de risco para o aumento da doença”, explica o médico clínico geral Marcelo Bechara.
Na fase inicial o câncer é silencioso e assintomático. Normalmente, quando a doença está mais avançada, começam a surgir os sintomas, que podem incluir: dificuldade para urinar ou jato de urina fraco; aumento da frequência urinária, especialmente à noite, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, sangue na urina ou no sêmen. Porém, esses casos também são comuns em tumores benignos, por isso a prevenção e exames regulares são fundamentais." explica.
Os principais exames para detectar a doença são: o PSA (antígeno prostático específico), um exame de sangue que mede os níveis dessa proteína produzida pela próstata; o toque retal, que permite que o médico avalie o tamanho, o formato e a textura da próstata, verificando possíveis anormalidades, como nódulos, consistência e outras características; ultrassonografia transretal; e a biópsia, caso tenha alteração no toque retal ou no ultrassom. Em casos de suspeita, deve-se fazer uma ressonância magnética.
Sobre Marcelo Bechara
Marcelo Bechara é médico há mais de 16 anos. Formado em Medicina pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), seguiu na área de Medicina Clínica e Cirurgia Geral, tendo atuado como Subsecretário de Saúde na Prefeitura de Praia Grande e na linha de frente da Covid-19 durante a pandemia, também como regulador de vaga e chefe do SAMU, na rede pública de saúde.
Atualmente, Bechara trabalha com Medicina Integrativa, na clínica que recebe seu nome, inaugurada em 2023 em Praia Grande, São Paulo. Em seu espaço, realiza cuidados que vão além do tratamento de doenças, promovendo melhora no bem-estar e na qualidade de vida de seus pacientes.