Com Selic a 11,25% e Trump vitorioso, investir em renda fixa se torna ainda mais atrativo 

Especialista explica qual a expectativa dos investidores com as novas mudanças na economia americana

25/11/2024 às 17h53
Por: Redação SP
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Foto/Reprodução: Ilustração/Divulgação
Foto/Reprodução: Ilustração/Divulgação

A alta na taxa básica de juros pelo Banco Central, que levou a Selic a 11,25% ao ano, e a vitória de Donald Trump na disputa pela presidência dos Estados Unidos, reforçam a atratividade dos investimentos conservadores como renda fixa. Os títulos públicos atrelados à inflação chamam atenção de especialistas, já que algumas opções garantem um retorno de quase 7% ao ano em praticamente todos os prazos de vencimento, além da inflação do período.

O discurso de Trump sobre o futuro da economia americana foi pautado pelo protecionismo, através de um aumento de impostos de importação e uma política econômica expansionista. De acordo com o assessor de investimentos e head de renda fixa na WFlowInvestimentos, Guilherme Viveiros, esse tipo de política com o aumento de gastos gera um desenvolvimento ainda maior da economia nacional. 

Essas mudanças geram um aumento do valor das empresas nacionais, atraindo investidores para a bolsa americana e ao mesmo tempo gerando uma pressão inflacionária”, explica, acrescentando que com o aumento da taxa de juros, o investimento na renda fixa americana se torna ainda mais atrativo. “Em virtude deste cenário, além das questões internas, o Banco Central se vê obrigado a acompanhar essa tendência de aumento de juro para combater o aumento do dólar e inflação”, pontua o especialista.

Ainda segundo ele, o mercado já vinha precificando uma Selic ao longo de 2025 em 13,75% e essa tendência de aumento voltou a atrair com mais intensidade investimentos em Renda Fixa. “Visto que já podemos ver no mercado alguns CDBs pagando 15% ao ano e com uma taxa alta, o investidor se pergunta: ‘ganhar 13% ou 15% ao ano com o mínimo de risco ou buscar investimentos com maiores riscos?’. No início deste ano, o investidor estava visualizando um juro em 9% nos próximos dois anos, é uma mudança relevante, em tão pouco tempo. Saímos de uma tendência de queda, para uma inclinação (elevação) dos juros muito rapidamente e de forma acentuada”, comenta Guilherme Viveiros. 

Esse movimento da elevação dos juros abriu caminho para diversos outros ativos de investimento que são indexados ao juro. “Um deles são os Fundos Imobiliários que tiveram uma desvalorização relevante nos últimos dois meses”, ressalta Guilherme.

Para o especialista, apesar das diversas opções é importante saber escolher qual ativo investir em cada momento. “As pessoas falam muito sobre o Tesouro Direto, mas ele tem três possibilidades de investimento, Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado. Para saber qual escolher é preciso levar em consideração algumas informações importantes como o prazo de cada ativo, a estratégia de utilização dos recursos, a volatilidade (oscilação) e também analisar as outras diversas possibilidades de investimento que o mercado disponibiliza”, afirma.

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