Em um mundo onde são necessárias habilidades cada vez mais adaptáveis e inovadoras, a maneira como percebemos o erro durante o processo de aprendizagem é crucial para o crescimento pessoal e profissional. De acordo com Bandura, psicólogo e professor da Universidade de Stanford, o senso de autoeficácia afeta o que as pessoas fazem, influenciando as escolhas de atividades, estabelecimento de metas, esforço, persistência e perseverança frente às adversidades.
O fracasso, muitas vezes encarado como um obstáculo, pode se tornar uma ferramenta poderosa para promover o aprendizado e a capacidade de se recuperar. Para isso o olhar frente à experiência muda tudo. Quando valorizam o erro como uma etapa rumo ao sucesso, escolas e empresas conseguem desenvolver mentes criativas e prontas para enfrentar desafios futuros.
A consultora em inovação e excelência educacional, Aline Von Bahten explica: "O erro pode ser uma coisa boa. Não pelo erro em si, mas pela maneira como você aprende a partir dele, o que está diretamente conectado ao seu sucesso. Não há desenvolvimento sem erros no meio do caminho." A cultura do medo de errar, aprendida desde cedo, leva muitas pessoas a evitarem desafios e inovações. Isso limita a capacidade de resolver problemas complexos, que frequentemente exigem criatividade e tentativas. Soluções inovadoras dependem de erros e ajustes para serem encontradas, mas o medo de falhar impede que as pessoas se arrisquem e desenvolvam essas habilidades.
Nesse contexto, são apresentadas diferentes mentalidades que contrastam fortemente: a mentalidade fixa e a mentalidade de crescimento. "A sociedade nos condiciona a temer o erro, gerando perfeccionistas e inibindo a inovação. Pessoas que têm medo de errar não ousam, não inovam e não resolvem problemas complexos, porque esses problemas precisam de soluções novas que envolvem tentativa e erro."
Por isso, são necessários espaços em que as pessoas se sintam protegidas para testar sem receio de fracassar. Dessa forma, apresentariam mais vontade de solucionar problemas e atingir resultados criativos. “Precisamos de uma cultura que valorize o aprendizado com erros, onde o erro não seja visto como uma falha definitiva, mas como um passo necessário em direção a algo maior." , afirma Aline.
Dessa forma, ao reconsiderarmos nossa postura em relação ao erro e valorizá-lo como uma oportunidade de aprendizado, podemos abrir portas para um futuro no qual o medo de fracassar não seja uma barreira, mas sim um elemento fundamental para a evolução e o desenvolvimento. A dedicação ao aprendizado ativo e à aceitação da vulnerabilidade e incerteza é fundamental para formar não apenas profissionais mais habilidosos, mas também cidadãos mais conscientes e envolvidos.