Nesta quinta-feira, 30/5, é o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, uma data importante para conscientizar e aumentar a visibilidade sobre a doença. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pessoas vivem com a Esclerose Múltipla no Brasil e a doença acomete mais mulheres que homens, com idades entre 20 e 40 anos, em uma proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado.
Os sintomas iniciais da doença são formigamento, dormência, dor, ardor, coceira nos braços, pernas, tronco ou face, diminuição de sensibilidade ao toque, perda de força ou destreza em uma perna ou mão, que pode se tornar rígida e problemas com a visão.
As atrizes Guta Stresser, Cláudia Rodrigues e Ludmila Dayer foram as famosas brasileiras diagnosticadas com a doença autoimune e compartilharam nas suas redes sociais como são os sintomas iniciais e como foram diagnosticadas. Segundo a atriz Ludmila Dayer, ela levou o diagnóstico numa boa:“Eu já estava mudando a minha forma de viver, psicologicamente falando, aí veio o EBV, depois, esclerose, que, sinceramente, eu levei de uma forma muito positiva”, explicou a artista.
Novos tratamentos e qualidade de vida
Além dos tratamentos medicamentosos para diminuir o ataque nas bainhas de mielinas nos neurônios durante o processo de atuação da Esclerose Múltipla, existem também novos tratamentos visando a reabilitação dos movimentos para os pacientes. Um dos tratamentos com mais resultados comprovadamente positivos é a neuromodulação não-invasiva seja por estimulação elétrica transcraniana e a estimulação transcraniana por corrente contínua.
De acordo com a neurocientista com PhD em Neurologia pela USP e pesquisadora do Hospital das Clínicas do grupo de distúrbios de movimentos da Faculdade de Medicina da USP, Dra Carolina Souza a neuromodulação pode ser usado como neuroreabilitação em pacientes com esclerose múltipla: “A neuromodulação om associação de fisioterapia neurofuncional potencializa as respostas motoras, cognitivas e fonoaudiológicas dos pacientes. Potencializando os efeitos da reabilitação de um modo geral, minimizando sequelas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla”, afirma a neurocientista.
A qualidade de vida dos pacientes com EM pode afetar muito a vida dos pacientes, por ser uma doença crônica, progressiva, degenerativa e rara. Segundo a neurocientista, é preciso que o paciente busque por uma equipe interdisciplinar com médicos especialistas em tratar doenças desmielinizantes: “A qualidade de vida do paciente com esclerose múltipla pode ser boa, basta ele seguir à risca as orientações da sua equipe médica”, orienta Dra Carolina Souza.